segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Era uma vez...

... uma adolescente inteligente e carismática... mas com toda a feiura que poderia ter herdado daquele período de transformações... magra como a Olívia Palito e dentuça como a Mônica. Vítima de frequentes nas rodinhas do colégio e do condomínio onde vivia, hoje em dia isso se chama bullying, antigamente era implicância mesmo!
Se apaixonou pela primeira vez aos 12 anos, um sentimento puro derivado da sua inocência, o menino nem era um exemplo de beleza, mas fazia questão de espezinhá-la. Passou uns bons 3 anos vivendo um "amor semi-platônico", porque não era exatamente algo velado, mas também nunca foi um sentimento declarado. Foi sua primeira decepção pseudo amorosa ou seria pseudo decepção amorosa? Talvez o indício de como seria seu comportamento sentimental ao longo dos próximos anos.
E ela foi crescendo, aos 15 anos teve seu primeiro beijo e logo depois aos 16 seu primeiro namorado, com o qual passou 5 anos e aí sim ao terminar, soube realmente o que era se decepcionar com alguém. Até porque você só conhece o caráter verdadeiro de uma pessoa quando se separa dela...
Veio o segundo namorado, se é que menos de 1 mês pode ser considerado um relacionamento...
E veio o terceiro, este durou mais que o primeiro e o segundo juntos, 7 anos. Ela gostava de namorar, de tentar fazer dar certo, tinha vontade de formar uma família, ficou noiva, mas desistiu com tudo pronto para casar...
Descobriu que os dois ex-namorados tinham as mesmas características que ela abominava nos homens... faltava carinho, companheirismo, lealdade, cumplicidade, atenção, cultura... fora a desilusão ortográfico-amorosa (tentou passar tudo o que sabia mas não conseguiu). Mas Deus é bom e quando a história "se repete", é porque alguma lição faltou ser aprendida.
Passou 4 anos "na pista", incentivada ao som de Valesca Popozuda "... agora eu tô solteira e ninguém vai me segurar...", viveu outras experiências, conheceu pessoas e passou a saber o que era amor próprio. Muitas viagens, festas, novas amizades, rolos e até paixões... nada virava relacionamento sério, mas a menina sonhadora esperava pelo seu príncipe...
Então, surgiu o pseudo quarto namorado, ela jurava que seria o último, mas a história mais bonita que ela tinha vivido, vai ficar guardada apenas na memória e no coração e valeu o aprendizado... ela jamais poderia aceitar menos do que lhe havia sido proporcionado, era um tratamento de princesa, mas ela nasceu para ser rainha!
Veio o quinto namorado, uma pessoa que vivia há mais ou menos 2800km, acho que era proposital uma relação tão à distância, pois os seus hábitos agora são de uma pessoa que não quer mais sofrer por amor, uma pessoa que quer dizer que está em tão lugar sem que seja interrogada ou que a pessoa se ache no direito de ter ciúmes idiotas ou até mesmo ser dona da vida dela. Talvez daria certo, se houvesse paixão, se Bogotá não fosse uma cidade tão fria e com a gastronomia tão ruim (ao paladar dela)e se ele não fosse tão machista.
Hoje, deixou de ser o patinho feio do começo da história, é admirada, tem admiradores, mas tem uma grande dificuldade em se permitir novamente. Se ela nasceu para o amor não se sabe, mas ela continua sonhadora, acreditando em contos de fadas, relacionamentos de filme e a espera do príncipe encantado... um dia ela ainda vai encontrar a fómula do amor e com certeza todos seus medos vão desaparecer, e quem sabe teremos a continuação da história dessa menina complicada e perfeitinha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário